Tecnologia Mecânica - Partículas Magnéticas



A palavra magnetismo vêm Turquia onde séculos atrás observando-se o minério magnetita que é um imã natural. Os imãs podem ser naturais, e artificiais fabricados a partir de aços com propriedades magnéticas especificas para esse fim.

Nos imãs ocorre uma concentração da força magnética de atração ou repulsão nas extremidades. A estes pontos dar-se o nome de polos magnéticos. Um dos polos promove atração e o outro repulsão.
A região do espaço modificada pela ação de um imã, recebe a denominação de campo magnético.
A permeabilidade magnética é a facilidade com que material pode ser magnético.

De acordo com a permeabilidade magnética os materiais podem ser classificados em:
- Ferromagnetismo: fortemente atraídos por um imã. Ferro, cobalto e quase todos os tipos de aço.
- Paramagnetismo: levemente atraídos por um imã. Platina, alumínio, cromo, estanho. Não são recomendados para o ensaio de PM.

- Diamagnéticos: são levemente repelidos por um imã. Prata, zinco, chumbo, cobre e mercúrio.
O desvio das linhas de força dá origem a novos polos magnéticos que dão origem ao campo de fuga.
A intensidade de campo deve atingir valores adequados. 

As linhas  de força devem ser o mais perpendicular possível ao plano de descontinuidade.
As descontinuidades a serem detectadas geram campo de fuga pois possuem características magnéticas bem diferente do metal.

Descrição do método
Na região magnetizada da peça, as descontinuidades irão causar um campo de fuga por fluxo magnético. Com a aplicação das partículas ferromagnéticas, ocorrerá aglomeração destas no campo de fuga devido a formação de polos magnéticos. A aglomeração indicara o contorno do campo de fuga, fornecendo a visualização do formato e da extensão da descontinuidade.

Métodos de magnetização
Magnetização longitudinal produz um campo magnético longitudinal e fecha o circulo através do ar. Recomendamos para a detecção de descontinuidade transversais a peça.
Magnetização circular. As linhas de força do campo magnético circulam através da peça em circuito fechado. É usada pra detectar descontinuidades longitudinais.
Magnetização multidirecional. Aplica simultaneamente dois ou mais campos magnéticos.

Técnicos de magnetização
A técnica do eletrodo, técnica aplicada em peças bruta fundidas, soldas industriais siderurgia, caldeiraria e outros.
A técnica do contato direto, campo magnético circular é aplicável em sistemas de inspeção automáticos ou semiautomáticos para inspecionar barras, eixos, parafusos, principalmente nas indústrias automobilistas ou em fabricas de produtos serrados de pequeno porte.
A técnica da bobina, a peça é colocada no interior de uma bobina ou solenoide, ocorrendo em campo longitudinal.

A técnica do YOKE é gerada na peça um campo unindo as pernas do YOKE.
A sua vantagem esta em não aquecer os pontos de contato.
A técnica do condutor central induz um campo circular na superfície interna e ou externa da peça. Aplicável a peças como: anéis, flanges, porcas, arruelas e outras.

ETAPAS
1 - preparação da superfície.
2 - seleção do equipamento, técnicos e partículas.
3 - planejamento do ensaio e magnetização.
4 - aplicação das partículas e observação das indicações.
5 - avaliação e registro.
6 - desmagnetização.

DESMAGNETIZAÇÃO

As razoes para desmagnetização são:
Interferência, nos processos de soldagem, usinagem e medição.
A desmagnetização é dispensável quando os materiais possuem baixa retentividade.  As peças  forem submetidas a tratamento térmicos.

SEGURANÇA DO ENSAIO
- inflamabilidade 
- riscos de inalação
- riscos a eletricidade
- luz ultra violeta
- adaptação a ambiente escurecido.